Uma pedra. Um atraso. Um caminhão inteiro de desilusões.

Já passavam das 16 horas quando Davi saiu do trabalho naquela tarde. Mas, o caminho até em casa não foi concluído. No meio do caminho tinha uma pedra. Não bastasse o atraso, tinha uma pedra no meio do caminho. Uma pedra que, na verdade, era um pedaço da escada que escapou da estrutura de um caminhão. Davi nunca esquecerá desse acontecimento. Na vida de suas rotinas tão fatigadas. Davi nunca esquecerá.

Quando saiu com sua moto naquela segunda-feira, Davi esperava chegar em casa a tempo de tomar um banho e se arrumar para a apresentação de teatro da sua filha caçula no colégio. Mas, ele não chegou. Uma pedra o parou. Ele, que já estava atrasado, foi atingido por um artefato que soltou de um caminhão que transportava lixo. Um caminhão de lixo da prefeitura.

A peça que soltou do caminhão atingiu diretamente a sua perna derrubando-o da moto e causando-lhe uma fratura exposta. Davi quebrou a perna esquerda, foi levado ao hospital, teve que fazer uma cirurgia e ficou em recuperação por mais ou menos 6 meses.

As cicatrizes que ficaram no seu corpo não o perturbaram tanto quanto a dor no seu coração ao perder a oportunidade de aplaudir de pé a primeira apresentação de teatro da sua pequena atriz. Um momento importante demais para se perder. Um dia especial depois de meses de ensaio e dedicação da pequena Ana.

Triste com a situação, Davi procurou assessoria do advogado Wilson Lopes, graças à indicação de um amigo que acompanhava suas dificuldades.

Inicialmente, Davi acreditava que só poderia recorrer à justiça em caso de acidentes causados por veículos automotores a fim de conseguir o Seguro DPVAT, mas, como não era esse o caso, ele achou que não conseguiria nenhuma indenização. Afinal, Davi não foi atingido por um veículo. Foi uma pedra que o derrubou. Uma simples pedra não, um artefato que se desprendeu da carroceria de um caminhão de lixo.

Mas, ainda assim, Davi recorreu ao advogado Wilson Lopes que o orientou esclarecendo que é importante verificar outros direitos além do Seguro DPVAT porque a indenização nesses casos pode vir por meio do seguro do veículo ou da empresa responsável pelo automóvel.

Wilson Lopes entrou com uma ação contra a prefeitura para indenização por danos materiais e morais em virtude das despesas com assistência médica e reparos na moto, e do constrangimento e danos estéticos causado à Davi. E a decisão do juiz determinou pagamento de indenização de R$ 30.000,00.

O dinheiro que Davi recebeu da prefeitura foi investido no bem-estar da sua família e na compensação dos prejuízos e dificuldades que enfrentou durante todo o tempo que ficou impossibilitado de trabalhar na seu ofício de Mestre de Obras.

Hoje, Davi ainda encontra pedras no meio do caminho, mas daquela pedra, daquele atraso, daquele caminhão inteiro de desilusões que sofreu com a pequena Ana, Davi nunca esquecerá. Contudo, no meio do caminho também havia um advogado disposto a ajudar. Tinha um bom advogado no meio do caminho. Mais do que uma indenização por danos morais e materiais, Davi ganhou um conselheiro e amigo que o ensinou que pelos seus direitos sempre vale a pena lutar.

E ainda que a primeira apresentação tenha sido perdida, Davi sabe que a pequena Ana ainda brilhará muito em diferentes palcos da vida e ele, é claro, espera estar lá, aplaudindo-a de pé na primeira fila.

Porque mais do que qualquer outra coisa, no meio do caminho sempre brota a esperança e a justiça.

* História baseada em um caso real solucionado pelo advogado Wilson Lopes

** Davi é um nome fictício usado para preservar a identidade do personagem real

*** Wilson Lopes Advogados tem escritório em Goiânia.

E-mail: advogado@wilsonlopes.com Telefone: (62) 3271-4001

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